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Cuidados com a nova variante

Mais brasileiros estão testando positivo para a covid-19 nas últimas semanas. Uma nova onda da doença, que veio junto a duas novas subvariantes da ômicron, a BQ.1 e a XBB, já tem causado impacto na Europa, na China, nos Estados Unidos e agora começa a crescer no Brasil.

As subvariantes são mutações dos coronavírus. Alguns especialistas dizem que a transmissibilidade da BQ.1, assim como da XBB, tende a ser maior do que a de outras variantes que já circulam no País. Porém, segundo o cientista de sados e coordenador da Rede Análise da Covid-19 Isaac Schrarstzhaupt, ainda é cedo para afirmar com certeza.

“Quase não temos dados concretos ainda sobre as variantes, e o que temos são dados preliminares. O que conseguimos ver é que aparentemente essas variantes são mais resistentes aos tratamentos com anticorpos monoclonais (que são os tratamentos disponíveis hoje)”, diz.

Menos protegidas, as pessoas tendem a sentir mais os sintomas quando infectadas por essas variantes. Por isso o aumento na procura por testes de covid-19 e nos resultados positivos.

“As vacinas bivalentes da Pfizer têm a BA.1, a BA.4 e a BA.5 como alvo. Por isso, elas poderiam, em tese, ajudar na prevenção contra a BQ.1, mas não temos nenhuma movimentação até o momento no Brasil para aplicação dessas vacinas”, continua.

Quais os principais sintomas da doença nessa nova onda?

Hoje os sintomas da covid-19 são similares aos da gripe e do resfriado comum. O paciente infectado pode ter coriza, dor de garganta, tosse, dor de cabeça, dor no corpo, cansaço e febre.

Esses sintomas podem ser combinados ou aparecerem sozinhos, a depender da gravidade do caso. Especialistas recomendam que as pessoas sintomáticas façam teste de covid-19 para que possam tomar os cuidados corretos de isolamento e, se necessário, de tratamento.

Diagnosticado corretamente, o paciente tem mais chances de tratar a doença de forma a não evoluir para quadros clínicos graves. Além disso, ao aderir ao protocolo de uso de máscaras, ele não coloca outras pessoas em risco de contaminação.

Se possível, é recomendado fazer o teste laboratorial. Diferentemente dos autotestes de farmácia, eles notificam os resultados ao governo, colaborando para que o Ministério da Saúde e os cientistas monitorem o avanço da doença no País e, assim, tomem as medidas necessárias.

Segundo o infectologista, professor e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia Alexandre Naime Barbosa, neste momento, a recomendação é de que a pessoa faça uma avaliação individual de risco e adote cuidados baseados na sua condição de saúde.

A orientação é de que idosos acima de 75 anos, pessoas que passaram por transplante de órgão recente, pessoas com doença de lúpus e imunossuprimidos, em geral, evitem aglomerações e utilizem máscaras sempre que tiverem contato com outras pessoas.

Pessoas com condições de saúde normais e que não são idosas devem usar máscara apenas em ambientes fechados, com aglomeração e sem circulação de ar. Se infectadas, devem utilizar máscaras sempre que saírem de casa e/ou tiverem contato com outras pessoas.

Fonte: cofen